Meus desejos de Natal

Olá pessoal!
2010 está chegando ao fim e, para mim, este foi o ano das realizações. Realizei meu sonho de conhecer as pirâmides, vi os shows que eu queria, fiz novas amizades, ri muito...
Posso dizer que foi um ano muito feliz, cheio de coisas boas. Tive apenas uma perda: da minha amiga que escolhi para ser irmã de alma Aline. Eu perdi, mas o céu ganhou uma estrelinha linda, que está lá em cima sempre brilhando por todos aqueles que a conheceram e a amaram.
O mais importante também é que em 2010 conheci pessoas que me ajudaram a mudar muita coisa, e para melhor. Ou seja, posso dizer que evolui. Essas pessoas agora fazem parte da minha vida acredito que para sempre, e tenho me esforçado, a cada dia, para melhorar mais. Não vou ser perfeita, mas pelo menos quero ser exemplo de coisas boas.
Por tudo isso, eu só tenho mesmo a agradecer (e muito!) neste Natal. Agradecer por estar viva, por ter minha família comigo, por ter bons amigos, um emprego, por ter conseguido realizar meus sonhos. E também agradecer a cada um de vocês que faz parte da minha vida, e desejar que esse Natal seja cheio de amor e muita saúde, e 2011 venha somente com energias boas a todo mundo.

Não sou de mandar mensagens prontas, mas recebi essa e achei que vale a pena compartilhar com vocês:

Comece de novo

Se você confiou em Deus e andou pelo caminho Dele, se você O sentiu a guiar você todos os dias, mas agora os seus passos o levam a outro caminho:
COMECE DE NOVO.

Se você fez planos que não deram certo, se tentou dar o melhor de si e não há mais o que tentar, se você falhou consigo mesmo sem saber por que:
COMECE DE NOVO.

Se você contou aos seus amigos o que planejava fazer, se você confiou neles e eles não o apoiaram, se agora você está sozinho, só podendo contar consigo mesmo:
COMECE DE NOVO.

Se você falhou com seus familiares, se agora você já não é tão importante para eles, se eles perderam a confiança em você, se você se sente um estranho em seu próprio lar,
COMECE DE NOVO.

Se você orou a Deus, sempre respeitando a vontade Dele, se você orou e orou e ainda se sente infeliz, se você quer parar, sentindo que atingiu o seu limite:
COMECE DE NOVO.

Se você está certo de que está acabado e quer desistir, se você chegou ao fundo do poço, se você tentou e tentou e não conseguiu subir:
COMECE DE NOVO.

Se os anos passam tão depressa e os sucessos são poucos, se chega dezembro e você se sente triste, Deus dá um novo janeiro a você.
Por isso, COMECE DE NOVO.

Espero que, neste Natal, todos se preparem para, em 2011, começarem tudo de novo com o coração cheio de amor e fé por muitos melhores dias.

Feliz!

Oi pessoal! Parece que agora as coisas estão entrando nos eixos de novo. Depois de ficar deprimida com muita coisa, estou reavaliando tudo... e muito, muito, muito feliz! Dia 27 embarco para a Grécia, depois Egito, Israel e Itália. Meus exames estão ótimos, meus cabelos enormes e lindos...
Tenho de todos os dias agradecer mesmo a Deus por todas as coisas boas que têm me acontecido. E rezar sempre para aqueles que ainda não conseguiram a vitória como eu, para que Deus os cure também! É isso, pessoal... queria apenas compartilhar minha felicidade com vocês!

Novidades

Tanta coisa aconteceu nos últimos dois meses e eu nem sei dizer o por que deixei esse meu espaço abandonado. Primeiro, a partida da minha amiga querida Aline... Dois meses se passaram, e penso nela quase todos os dias... Que saudades!
Agora estou na fase de emagrecer de novo (na marra). Detesto fazer dieta, mas outro dia escutei o seguinte: como uma pessoa que venceu o câncer duas vezes não consegue vencer a balança? Decidi tomar vergonha na cara e estou encarando uma dieta firme. Não sei se é a imperiosidade de perder peso ou o fato de eu mesma estar cansada de estar gorda, mas o fato é que estou me aguentando muito bem.
Outubro vou finalmente para o Egito. Não posso acreditar nisso!!!! Conhecer as pirâmides, a esfinge, conhecer a Turquia, Israel... depois Alemanha e rever Stephan... Muita coisa boa vindo. Chegou a minha hora de ser feliz!

Uma estrela que se foi

Há uma semana minha amiga Aline morreu. Por nem um minuto ela desistiu de viver. Mesmo com dor, com o corpo paralisado, sem conseguir falar, ela resistiu de maneira surpreendente durante oito dias, lutando contra o câncer e a morte. Aline é o maior exemplo, para mim, de que o câncer pode vencer o corpo, mas não o espírito. E o espírito dela ficou em mim com a imagem de uma grande guerreira, uma pessoa que não perdeu a fé, a despeito de saber que não havia mais chance de cura. Quinze dias antes de morrer ela comemorou seus 34 anos. Foi uma festa linda em que, apesar da doença, ela estava muito feliz. Feliz por estar ao lado da família e dos amigos. Feliz por estar viva. E feliz por ainda ter esperança de viver.
O filho dela, Paulo César, de cinco anos, agora pede para o pai levá-lo olhar o céu antes de dormir. Ele olha uma estrela, e diz que aquela é sua mãe. Paulo César está certo. Aline nos deixou para ficar brilhar e sempre nos iluminar. Muitas saudades de você, minha querida amiga!

Sentimentos opostos

Estou feliz pela minha vida atualmente. Parece que as coisas estão se acertando em todos os aspectos. Até minha viagem vai dar certo!
Ao mesmo tempo, a doença da Aline tem me afetado bastante. Sinto-me impotente, fraca, pequena... Queria ajudar mais, e minhas mãos estão amarradas. A Medicina está fazendo o que pode por ela... mas infelizmente o câncer está vencendo. É triste, mas nem sempre conseguimos vencer essa doença. E a luta da Aline tem me mostrado pessoas fantásticas que estão se solidarizando com a campanha que vem sendo feita para que ela possa fazer um tratamento alternativo, que prolongue a sua vida. São pessoas assim que me fazer acreditar que, por pior que tenha sido o câncer em minha vida, ele me deu oportunidade de conhecer almas que farão parte de mim para sempre.
Está tudo meio confuso hoje... mas queria escrever sem pensar...

Estigma é pior que doença

Hoje é comemorado o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer. Não pretendo falar aqui de números da doença ou de seus sintomas, mas de um lado muitas vezes esquecido: do estigma que cerca os pacientes do problema. Falo com conhecimento de causa bastante profundo: por duas vezes, aos 31 e aos 36 anos, tive câncer de mama. Hoje estou curada, mas faço exames de três em três meses para checar se não há recidiva. Não é fácil saber que, a cada 90 dias, minha vida novamente depende de resultados de exames, mas faz parte do protocolo da doença esse controle e, gostando ou não, tenho de passar por ele.
Acredito que, pior que o câncer, é o estigma que o acompanha, principalmente para as mulheres que passam pela quimioterapia e sofrem seus efeitos colaterais, ficam carecas, incham, perdem o brilho da pele. Essa semana assisti o seriado “Brothers & Sisters” e a personagem Kitty, que luta contra uma leucemia grave, começa a perder os cabelos durante uma festa. Sem dramalhão, o seriado mostrou a personagem se sentindo impotente, e ao mesmo tempo sendo corajosa ao decidir raspar a cabeça. Quando os cabelos começam a cair, Kitty chora e diz: “Não quero que as pessoas saibam que estou doente, não quero que elas me vejam assim”.
Tive o mesmo sentimento que a personagem. Sofri muito mais pela perda dos cabelos do que pela mastectomia. Não queria que as pessoas me olhassem careca, tanto que mandei fazer uma peruca assim que soube que perderia os cabelos. O interessante é que, depois que raspei a cabeça, o sofrimento acabou. Aliás, fiquei uma careca linda.
Percebi que meu medo era o que as pessoas iriam falar se me vissem assim. Como se a culpa fosse minha por estar doente! Porque uma mulher careca e inchada choca, e muito. Quando meus cabelos começaram a crescer estava começando a primavera e, por causa do calor, não conseguia mais usar a peruca. Percebia os olhares de soslaio quando entrava em algum lugar, sempre de cabeça erguida e sorrindo. Porque sempre tive o seguinte pensamento: estou doente, mas não morri, e vou viver normalmente, dentro das minhas possibilidades.
Algumas pessoas me admiravam e até mesmo vinham falar comigo e prestar solidariedade, sem sequer me conhecerem. Mas outras, fieis ao estigma de que pacientes com câncer devem ficar em casa, me olhavam de cara feia, como se fosse um insulto eu estar me divertindo em um bar ao invés de deitada na cama. Lembro de um dia em que um jovem de uns 18 anos externou isso em um tom de voz meio baixo, mas alto o suficiente para eu o ouvisse. Não tive dúvidas em me virar e dizer que, tanto quanto ele, eu tinha o direito de estar naquele bar, de tomar um chopp e, sim, de me divertir muito!
Essa visão do paciente moribundo precisa ser mudada. O doente de câncer, além do tratamento, merece um olhar de respeito, e não de pena ou de crítica por estar se divertindo. Quando estava doente, criei uma frase que me ajudou muito: como não quero que o câncer me domine, deixo que minha felicidade o enfraqueça. Eu venci a doença, e espero, um dia, que todos os pacientes consigam vencer o estigma que nos cerca.

Livre novamente

Este mês vai terminar com um saldo bem positivo. Participei de dois eventos importantes, um deles citei no post anteior, e na semana seguinte estive na Câmara de Santa Bárbara d'Oeste contando minha luta contra o câncer. Chorei na hora de falar, nem sei o por quê, mas depois engoli o choro, respirei fundo e dei meu recado: mulherada, se cuida!
Semana passada fiz meus exames e esta fui à consulta com a quimioterapeuta. Novamente, tudo certo. Só o fígado velho que está sobrecarregado e agora não tem jeito: ou emagreço, ou emagreço. O que vou fazer? Emagrecer!
De resto, tudo muito bem... Até demais... E estar assim é muito bom. Tenho feito ótimos programas com pessoas sempre alto astral. Todo mundo tem problemas, mas esses ficam em casa, e jamais fazem parte da mesa de bar. E estou planejando minha viagem ao Egito... Será que ela finalmente sai? Vamos torcer que sim!

Palestras

Acho que ainda não me acostumei aos olhares de espanto quando conto que tive câncer duas vezes, e mais ainda à admiração que as pessoas demonstram quando falam comigo sobre o assunto. É uma sensação estranha, mas gostosa, que me faz agradecer todos os dias a cura alcançada.
Hoje estive na Câmara de Piracicaba participando de uma palestra sobre trabalho, família e amor, e falei um pouco da minha fase da doença. Foi bem legal, várias pessoas anotaram o endereço do blog, e acredito que contribui positivamente para mostrar que, por mais que o câncer seja ruim, ele pode ser superado.
E quero mais e mais vezes levar essa mensagem. Logo estarei fazendo meus exames de novo, e tenho mais do que certeza de que a cura se confirmará. Antes disso, falarei na Câmara de Santa Bárbara d'Oeste sobre o assunto. Quero que mais pessoas acreditem na cura, assim como eu acreditei.

Nossa viagem

Olá pessoal...
Domingo bem chuvoso, e depois de três dias meio baqueada por conta de uma virose, finalmente estou bem. E não estou pronta para outra, nem pensem isso...
Como fazia tempo que não escrevia nada, hoje resolvi "roubar" uma mensagem muito legal que está no orkut da minha amiga Ana Cecília (eu cito a fonte com orgulho)!
Que nossa vida realmente seja sempre bem aproveitada, e que as rugas sejam não sinais de envelhecimento, mas de maturidade, experiência, e principalmente felicidade por tudo que passamos.
Um ótimo domingo a todos e uma segunda maravilhosa!

"Acredito que a grande jornada da vida não se baseia em chegar ao túmulo toda segura, toda linda, sem rugas, sem cabelinhos brancos, num corpo bem preservado à base de artifícios dolorosos, sem dispensar amor a si e ao próximo... Mas sim para curtir ao máximo esta oportunidade abençoada pelo grande Deus... e ao término desta jornada como Andréa, meio que escorregando para dentro dele, meio que de ladinho, querendo mais ficar do que ir, berrar:
PUTA MERDA... QUE VIAGEM MARAVILHOSA QUE EU FIZ!!!!"

Beijos com carinho!

Chegando aos 38!

Hoje faço 38 anos. Outro dia estava pensando que não havia feito nada em minha vida... Epa! Pensamento mais tonto... Já morei em 11 cidades, fiz amigos em todas elas, me formei, trabalhei em duas profissões, namorei, pensei em casar, desisti, não quis ter filhos e soube me defender das críticas ao assumir essa posição, tive câncer duas vezes e saí vitoriosa nas duas batalhas, por causa da segunda vez criei um blog, virei exemplo para muita gente, dei entrevistas, ajudo quem me procura, criei outro blog, passei a escrever crônicas e artigos, ganhei muitos admiradores por conta disso, estou planejando um livro, tenho saúde, e me sinto muito bem ao chegar a essa idade. Ufa!!!! Que mais tanto eu queria fazer?