domingo, 22 de maio de 2011

Vamos doar medula óssea?

Levantamento do INCA traça perfil dos 2 milhões de doadores voluntários cadastrados

O Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome), gerenciado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca), traçou o perfil dos 2 milhões dos doadores voluntários no Brasil. O levantamento revelou que as mulheres lideram o cadastro como voluntárias (56%) e que 88% dos doadores têm menos de 45 anos, o que amplia a permanência dos voluntários no cadastro. A pesquisa também apontou que a Região Sudeste possui 48% dos doadores, seguidos por 25% do Sul e 14% do Nordeste. No Centro-Oeste, o total é de 8% e no Norte estão 5% dos cadastrados do país.
A Região Sudeste continua a ser a que mais tem doadores de medula óssea no Brasil, mas já se detecta uma tendência ao equilíbrio: Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais agora têm menos da metade dos cadastrados no Redome. Há cinco anos, a região era responsável por 57% dos doadores. “O levantamento é importante para sabermos em quais regiões é necessário um reforço nas campanhas, tendo em vista que a diversidade genética da população brasileira é muito vasta”, esclarece o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea do Inca e coordenador do Redome, Luís Fernando Bouzas.

Milhões de doadores voluntários

A marca de 2 milhões de pessoas cadastradas no país, motivada por campanhas de sensibilização promovidas pelo Ministério da Saúde e o Inca, em parceria com os hemocentros dos Estados, aumenta as chances de pacientes aguardando transplante de medula óssea. Desde que começou a ser gerenciado pelo Inca, há 11 anos, o Redome teve um aumento de 16.000% no número de cadastrados. Houve um aumento de 240% (2003-2009) no número de transplantes não-aparentados. “Em 2010, 67% dos transplantes foram realizados com material encontrado no Redome. Dos 167 transplantes de medula óssea não-aparentados (que utilizam doações voluntárias), 87 pacientes contaram com doadores nacionais. Hoje, há cerca de 1.200 pessoas aguardando por um doador compatível”, informa Bouzas.
Pensando no aprimoramento na área de transplantes de medula óssea - cada vez mais em expansão – nesse mês um novo sistema de cadastramento no Redome está sendo implantado em todo o Brasil. Desenvolvido pela equipe de Tecnologia da Informação da Fundação do Câncer, o sistema vai utilizar a tecnologia web e será gerenciado pelos hemocentros e laboratórios de histocompatibilidade (responsáveis pelos exames de compatibilidade). Cada instituição terá acesso ao seu banco dados: os hemocentros vão inserir as informações cadastrais dos doadores, enquanto os laboratórios entram com o resultado do exame. O número de identificação do doador será único, indicado logo no início do cadastro. O sistema vai evitar que haja duplicidade de entrada de doadores e será possível atualização do cadastro pelos profissionais dos hemocentros.

Veja como se tornar um doador de medula óssea:
http://www1.inca.gov.br/conteudo_view.asp?ID=64

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