sexta-feira, 25 de abril de 2008

Amigos de trabalho

Hoje fui ao jornal levar a documentação para minha licença médica e conversar com meus colegas de trabalho. Estava me preparando para isso desde o último dia 16, quando recebi a notícia do câncer, mas não esperava me emocionar tanto quanto me emocionei ao encontrar meus amigos, que estão sendo de uma solidariedade indescritível neste momento difícil.
Por mais que eu tivesse treinado para entrar e brincar com a situação, como sempre fiz com tudo, ver todos se levantando para me dar um abraço de boas vindas quebrou toda a couraça que eu havia colocado em torno dos meus sentimentos. E claro que chorei...
Esse um ano e meio de convivência com o pessoal do LIBERAL tem me mostrado muitas coisas boas. Eu já havia desistido de ser jornalista e estava fora da área havia dois anos e meio quando senti uma comichão em voltar a escrever. Poderia ter tentado uma assessoria de imprensa ou algo assim, mas a vontade era mesmo estar em uma redação de jornal. E, sem pensar em nenhuma razão especifica, mandei um currículo para lá, no dia 4 de setembro de 2006. Em 6 de setembro fiz o teste e, uma semana depois, estava integrada à equipe.
Equipe essa que me recebeu de braços abertos, mesmo eu sendo uma reiniciante na área. E descobri maravilhosos amigos nesse lugar: Leslie, Beto (conhecido de outros Carnavais), Luciano, Rê, Ju Reda, Valéria, Fabi, João, Paulo, Marcelo, Marcos... Cito esses por estarem mais próximos a mim, são aqueles com quem mais tenho papo, mas os outros também me são muito queridos.
E hoje, olhar para esse pessoal tão querido e saber que estarei fora da redação por sei lá quanto tempo, doeu... Doeu olhar minha bancada e ver que meu lugar estava ocupado por outra pessoa (claro, o jornal precisa continuar!)... Uma das coisas que mais me doeu foi quando a Leslie disse que estava se sentindo abandonada em nossa bancada, onde tantas risadas demos e confidências trocamos... A Rê chorando porque não posso ir ao casamento dela... Puxa, querida, como eu queria estar presente nesse momento tão importante em sua vida!
Doeu, mas ao mesmo tempo foi bom me sentir tão querida. Essas pessoas me mostraram hoje que, além do meu profissionalismo, o que estava fazendo falta na redação era a minha pessoa, seja pelas minhas brincadeiras, minha tagarelice, meu jeito espontâneo de conversar com todo mundo. E sei que, quando meu tratamento estiver terminado, essas mesmas pessoas estarão me esperando, novamente de braços abertos, para que eu possa continuar um trabalho que estava sendo muito bem reconhecido.
LIBERAL, essa é para vocês, obrigada pela força, e quero que saibam que a redação ainda vai ter muitas histórias a ouvir de mim!

Um comentário:

Anônimo disse...

Minha querida,
Desculpe não segurar o choro, tentei não ficar triste na sua frente, mas foi mais forte. Mesmo não estando lá presente, sei que vai pensar em mim. E eu estarei pensando em você!
Vou te visitar, me aguarde...
Beijos, fique com Deus. Estou aqui, nas minhas preces diárias.
Com carinho,