quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Tic Tac - belo apoio à campanha de prevenção ao câncer de mama!

O Tic Tac Brasil me mandou a edição limitada rosa para apoiar a prevenção ao câncer de mama. O mês está acabando, mas a conscientização deve continuar sempre. Aqui, as queridas amigas da redação e da diagramação, que também apoiam a causa! Obrigada, meninas!




E o pessoal da academia também entrou no espírito da campanha de prevenção ao câncer de mama feita pelaTic Tac Brasil! Muito obrigada meus queridos!

Tic Tac Brasil apoiando a prevenção ao câncer de mama!



domingo, 6 de outubro de 2013

Tempo para cuidar de si


Outubro chegou e mais uma vez vemos monumentos em todo mundo se “vestindo” de rosa para lembrar a importância da prevenção ao câncer de mama. Segundo tipo mais frequente no mundo, a doença é a mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
Porém, no Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
Apesar de todas as informações hoje disponíveis sobre o assunto, alguns mitos ainda persistem, como a ideia de que a doença só atinge mulheres acima dos 40 anos. Faço parte de alguns grupos de mulheres que tiveram câncer de mama e já conheci algumas que foram atingidas pelo problema com menos de 25 anos. Apesar de ainda ser relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
O câncer – de qualquer tipo – é a doença mais democrática que conheço. Ele atinge ricos, pobres, homens, mulheres, crianças, jovens, adultos e idosos, brancos, negros, amarelos. Não faz distinção de raça, idade, condição social ou gênero. Todos estamos sujeitos a ter essa doença.
Claro que existe a prevenção. Hábitos saudáveis com certeza diminuem o risco de um câncer aparecer. Uma boa alimentação, exercícios físicos, não fumar e não ingerir bebidas alcoólicas contribuem para se tentar evitar a doença. Porém, não existe uma garantia 100% segura. Ninguém pode afirmar com absoluta certeza que não vai ter a doença, mas podemos fazer nossa parte para evitá-la.
Falo isso porque ainda vejo muitas mulheres que não se preocupam com o assunto, deixando de fazer exames periódicos, mesmo já tendo passado da faixa etária dos 35 anos, ou até mesmo aquelas que tiveram casos de câncer de mama na família. O interessante é que, quando converso com elas, a desculpa invariavelmente é a mesma: falta de tempo e esquecimento.

Não concordo com essa justificativa. Arrumamos tempo para tingir nosso cabelo quando os primeiros fios brancos aparecem, se for preciso fazemos o cabeleireiro nos atender fora de seu horário para isso. Arrumamos tempo para fazer as unhas, para a depilação, para as massagens estéticas, para a ginástica. E como não arrumamos tempo para uma consulta anual ao ginecologista? Se conseguimos tempo em nossa agenda semanalmente ou mensalmente para cuidarmos de nossa aparência física, por que é tão difícil conseguir um horário no ano para cuidarmos de nossos seios? Depois que o problema surge, infelizmente temos bastante tempo – em tratamento – para pensar sobre o assunto. 

terça-feira, 1 de outubro de 2013

E a luta continua!


Começo outubro mais uma vez engajada em palestras e campanhas pela luta contra o câncer de mama. E inicio o primeiro dia de outubro parando de tomar Tamoxifeno, que pelos últimos cinco anos me acompanhou diariamente e, a despeito de seus diversos e difíceis efeitos colaterais, impediu que eu tivesse um terceiro tumor.
Diferente de muitas pessoas que preferem esquecer que tiveram câncer quando se curam – decisão que eu respeito muito – eu preferi transformar minha experiência em esperança a quem está doente. Por ter conseguido sobreviver ao câncer duas vezes, acredito que estou qualificada a levar a esperança de cura a muita gente.
Não acho que levar uma palavra positiva me faça uma pessoa melhor ou pior que qualquer outra. Não me considero “guerreira” ou algo do gênero, aliás, busco hoje fugir dessa imagem que se criou de que o doente de câncer tem de ser uma pessoa positiva o tempo todo, como se nossas dores e tristezas tivessem de ficar escondidas por serem encaradas como “fraqueza”. Até hoje tenho momentos em que me pergunto “por que”, momentos esses em que busco nas orações o conforto para o que não posso mudar.
Não vou citar dados de casos de câncer de mama. Apenas deixo a quem ler essa postagem a mensagem para se cuidar muito bem. Para dedicar aos exames preventivos o mesmo cuidado e disposição que se dedica à academia, ao cabeleireiro, à manicure. Que a falta de tempo não seja desculpa para a não realização de exames. E que o autoexame dos seios passe a ser algo frequente, como o retoque que fazemos na tintura dos cabelos. Não é porque nosso seio não está à vista que não deve ser lembrado.

Mais um Outubro Rosa começa com nossa luta para a prevenção ao câncer de mama. Que os casos diminuam e a cura aumente. Esperança sempre!