terça-feira, 8 de junho de 2010

Uma estrela que se foi

Há uma semana minha amiga Aline morreu. Por nem um minuto ela desistiu de viver. Mesmo com dor, com o corpo paralisado, sem conseguir falar, ela resistiu de maneira surpreendente durante oito dias, lutando contra o câncer e a morte. Aline é o maior exemplo, para mim, de que o câncer pode vencer o corpo, mas não o espírito. E o espírito dela ficou em mim com a imagem de uma grande guerreira, uma pessoa que não perdeu a fé, a despeito de saber que não havia mais chance de cura. Quinze dias antes de morrer ela comemorou seus 34 anos. Foi uma festa linda em que, apesar da doença, ela estava muito feliz. Feliz por estar ao lado da família e dos amigos. Feliz por estar viva. E feliz por ainda ter esperança de viver.
O filho dela, Paulo César, de cinco anos, agora pede para o pai levá-lo olhar o céu antes de dormir. Ele olha uma estrela, e diz que aquela é sua mãe. Paulo César está certo. Aline nos deixou para ficar brilhar e sempre nos iluminar. Muitas saudades de você, minha querida amiga!